A partir do dia 12 de março, sexta-feira, a exposição será retomada de modo totalmente online, com acesso pelo site www.mds.com.br. No portal, as obras serão exibidas em 3D, possibilitando que o público veja as peças em 360º. Também há a possibilidade de ativar o recurso de audiodescrição, disponível para todas as obras.
A mostra conta com obras de doze artistas e foram criadas a partir de uma provocação do curador sobre a retomada da vida após situações de trauma e desmoronamentos. “A exposição apresenta narrativas de reconstrução. São registros de perdas, medos, discriminação e violência. Situações, que muitas vezes, fazem parte do cotidiano da população LGBTQIA+, mas as obras também podem ser compreendidas como arquétipos de superação”, diz Danielle Barreto Nigromonte, diretora executiva da Amigxs da Arte, instituição responsável pelo gerenciamento do MDS.
As obras foram compostas a partir de diversas técnicas: A colagem está representada por André Felipe; pintura por Andrey Rossi, Gabriel Almeida, e Yan Copelli; instalação por Gabriel Torggler; escultura por Élle de Bernardini, Julio Dojcsar, Ramo Negro e Roberta Fortunado; colagem com desenho por Irene Guerriero e escultura de parede por Silvana Marcondes.
“Muitos artistas que estão expondo já criam a partir desse tema, que pode ser avaliado de diversas formas: tombos econômicos, separação, expulsão de casa e problemas familiares. Essas obras são um aviso de que há vida após isso”, argumenta Duilio Ferronato. Um dos exemplos destacados pelo curador é o da artista Silvana Marcondes, que autora de uma escultura inspirada pelas plantas que nascem nas rachaduras do asfalto.
Todos artistas são relacionados de diversas maneiras à causa LGBTQIA+ e estão projetados no cenário da arte brasileira e internacional. A palavra Ressetar, que intitula a mostra, sintetiza a postura de combate dos artistas frente à situações desfavoráveis, muitas delas gerada pelo preconceito e pela desigualdade social.