Em 1935, o então prefeito da capital paulista, Fábio da Silva Prado, cujo principal auxiliar era Paulo Duarte, um intelectual ligado ao grupo modernista, convidou Mário de Andrade para chefiar o primeiro Departamento de Cultura de São Paulo. Entre 1935 e 1938, período em que esteve à frente do DCR, Mário de Andrade atuou em diversas frentes, da educação infantil à criação de bibliotecas, parques, conjuntos musicais, promoveu congressos, pesquisa da cultura popular etc. Entusiasmado com a nova vocação, à qual aderiu de corpo inteiro, desabafou em uma carta: “Me apaixonei completamente. Também a coisa não era pra menos, bateu uma aura de progresso neste município sofrido, veio um prefeito que topa as coisas de cultura também, incrível! E me chamaram pra dirigir a coisa, imagine só, numa terra em que tudo está por fazer! Tou fazendo.”
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